5 de novembro de 2024

Maringá enfrenta boom imobiliário com quase 10 mil apartamentos em construção

Maringá vive um verdadeiro boom no setor imobiliário, com impressionantes 9.856 apartamentos em fase de construção, distribuídos por 101 novos prédios na cidade. Segundo a mais recente sondagem do mercado imobiliário, realizada pelo Sinduscon/PR-Noroeste em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), são mais de 1,4 milhão de metros quadrados de novas construções.

O levantamento, que abrange os meses de setembro e outubro, evidencia o crescente apetite por investimentos imobiliários em Maringá, posicionando a cidade como um dos maiores polos de desenvolvimento urbano no interior do Paraná. Especialistas apontam que a expansão pode estar associada à combinação de fatores como o aumento da demanda por moradias em áreas urbanas, as baixas taxas de juros nos últimos anos e o crescimento econômico regional.

Oportunidades e desafios para a cidade

Com uma média de 98 apartamentos por prédio, o volume de obras em andamento não apenas transforma o cenário urbano, mas também gera impactos socioeconômicos consideráveis. A construção de novos edifícios impulsiona setores como comércio e serviços, aumentando as oportunidades de emprego e o consumo local. Porém, o rápido crescimento também desperta preocupações em relação à infraestrutura, especialmente no que diz respeito ao trânsito, saneamento e acesso a serviços essenciais.

Para muitos moradores, o aumento de empreendimentos é visto com entusiasmo, mas há quem questione a capacidade de adaptação do sistema viário e dos serviços públicos a esse aumento populacional. Além disso, especialistas alertam para a necessidade de uma maior fiscalização e planejamento urbano para evitar problemas como a supervalorização imobiliária e a especulação.

Desafios para o mercado e para investidores

A expansão do mercado imobiliário de Maringá traz vantagens, mas os desafios se intensificam na medida em que o setor enfrenta questões como a instabilidade econômica nacional, o aumento das taxas de juros e o custo crescente dos materiais de construção. Em 2023, o mercado já sofreu com altas no preço do cimento e do aço, o que poderia frear o ritmo das obras em 2024 caso as condições econômicas não sejam favoráveis.

Entretanto, investidores ainda mostram confiança no potencial de valorização de Maringá, especialmente pela qualidade de vida e infraestrutura que a cidade oferece. Dados do setor apontam que, além dos 9,8 mil apartamentos em construção, há mais projetos em fase de planejamento, o que indica que o crescimento deve continuar pelo menos nos próximos anos.

Maringá e o impacto da verticalização

O fenômeno da verticalização, embora comum em grandes centros urbanos, é mais recente em cidades como Maringá. Com terrenos limitados e preços elevados, o crescimento em altura se torna a alternativa viável para abrigar uma população que busca morar perto dos principais pontos da cidade. Esse modelo de desenvolvimento, se bem estruturado, pode ajudar a preservar áreas verdes e evitar o avanço desordenado sobre zonas de proteção ambiental.

Contudo, o desafio da cidade agora é assegurar que o rápido crescimento venha acompanhado de políticas públicas que suportem esse avanço urbano, garantindo um futuro sustentável e equilibrado para a população.

Conclusão

O cenário imobiliário de Maringá indica um crescimento pujante e contínuo, reafirmando a cidade como um dos destinos mais atrativos para investimentos no Paraná. A trajetória, no entanto, exigirá soluções inovadoras e uma gestão cuidadosa para evitar que o avanço se transforme em problema para os moradores.


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