Gleisi Hoffmann critica rejeição da Câmara à taxação sobre grandes fortunas e denuncia desigualdade
Em um cenário de crescente desigualdade econômica no Brasil, a Câmara dos Deputados rejeitou, nesta quarta-feira (30), a proposta de taxação sobre grandes fortunas, com 262 votos contrários e 236 a favor. A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, manifestou indignação com a decisão, ressaltando que o país continua favorecendo os mais ricos enquanto a população de menor renda enfrenta um peso tributário desproporcional. “A proposta, que visava taxar fortunas acima de R$ 10 milhões, foi rejeitada pela Câmara. Na prática, isso significa que os super-ricos continuarão pagando bem menos impostos do que a grande maioria da população. Combater a desigualdade é uma missão de vida, cada dia mais difícil”, comentou Gleisi.
Estudos recentes revelam que, entre 2017 e 2022, a renda do 0,01% mais rico do país cresceu a um ritmo três vezes superior ao dos 95% mais pobres, um abismo social impulsionado pela isenção sobre lucros e dividendos. Gleisi aponta que a aprovação da medida poderia ser um passo crucial para mitigar essa disparidade, compromisso que o PT afirma ser essencial na luta pela justiça social no Brasil. “A direita, óbvio, votou a favor dos milionários. Cada um defendendo os seus interesses, afinal”, lamentou Gleisi, reforçando a percepção de que o debate sobre o sistema tributário brasileiro está cada vez mais distante das necessidades da maioria da população.