19 de setembro de 2024

O desafio do controle das doenças de final de ciclo (DFC) na agricultura brasileira

O manejo das Doenças de Final de Ciclo (DFC) representa uma preocupação crescente para os produtores rurais no Brasil. Essas doenças, que incluem uma variedade de infecções fúngicas, tendem a surgir em uma fase crítica do desenvolvimento das culturas, dificultando sua contenção e resultando em prejuízos significativos à produtividade.

De acordo com Thales Facanali, Gerente de Portfólio da Biotrop, uma empresa reconhecida por suas soluções biológicas na agricultura, o impacto das DFC na produção é notável. “Essas doenças aparecem em um momento onde a intervenção é mais complexa, e isso pode causar danos expressivos à produção, acarretando prejuízos diretos à produtividade agrícola”, alerta Facanali.

Recentemente, o mercado de fungicidas multissítios, que são uma das principais ferramentas de combate a essas infecções, demonstrou um crescimento impressionante. Um estudo da consultoria Kynetec Brasil, chamado FarmTrak Soja, revelou que entre as safras 2018/19 e 2022/23, as transações envolvendo fungicidas multissítios aumentaram em 218%, passando de R$ 1,2 bilhão para R$ 3,8 bilhões. Este é um indicativo claro de como os produtores estão se adaptando e buscando alternativas eficazes para minimizar os danos causados pelas DFC.

Contudo, o horizonte para a próxima safra, 2024/25, apresenta desafios. O cenário atual é marcado por instabilidades logísticas relativas à importação e ao abastecimento de ativos químicos que são essenciais para o combate a essas doenças. A escassez de fungicidas protetores ou multissítios pode colocar em risco as safras e, consequentemente, a lucratividade dos agricultores brasileiros.

Nesse contexto, a busca por soluções biológicas e sustentáveis se torna ainda mais relevante. Empresas como a Biotrop têm investido em pesquisas para desenvolver produtos que não só combatam as DFC, mas que também ajudem a manter o equilíbrio ambiental e a saúde do solo. A adoção de práticas agrícolas que integrem o uso de soluções biológicas pode oferecer aos produtores uma alternativa viável para enfrentar os desafios impostos pelas doenças fúngicas de final de ciclo.

Em resumo, o controle das Doenças de Final de Ciclo continua sendo um tema de grande importância para a agricultura brasileira. Com um mercado de fungicidas em crescimento, é crucial que os agricultores estejam cientes das possíveis dificuldades à vista e que considerem a diversificação de suas estratégias de manejo, visando não apenas à sobrevivência, mas também à prosperidade de suas produções.

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