Prestes a se tornar astronauta, medalhista exalta Jogos Paralímpicos
[ad_1]
O atleta paralímpico britânico John McFall representará os esportes e o espaço nesta semana, depois de se tornar a primeira pessoa com deficiência física a ser efetivamente liberada para futuras missões pela Agência Espacial Europeia.
O cirurgião de 43 anos, que ganhou a medalha de bronze nos 100 metros rasos nos Jogos Paralímpicos de Pequim em 2008, está na França para apoiar a equipe do Reino Unido nos Jogos de Paris e para mostrar como os competidores de elite podem ultrapassar barreiras cada vez mais formidáveis.
“Acho que o esporte tem sido um veículo extremamente poderoso para fazer com que as pessoas apreciem o que qualquer um é capaz de fazer. Mas agora que temos o esporte paralímpico muito mais em evidência… é uma plataforma muito, muito boa e poderosa para ver do que as pessoas com deficiências físicas são capazes”, afirmou, em uma entrevista.
McFall estava visitando a Tailândia aos 19 anos de idade quando um acidente de motocicleta levou à amputação de sua perna direita acima do joelho e acabou com suas esperanças de seguir carreira no Exército.
“Passei por alguns momentos sombrios durante aqueles primeiros dias, mas principalmente de frustração, porque precisava de algo para saciar o apetite que tinha por desafios e conquistas. E, para mim, a escolha natural era o esporte. Ao me desafiar fisicamente, obtive recompensa com isso e esse foi realmente um veículo muito poderoso para minha reabilitação”, disse, à Reuters. “Nos oito anos entre eu perder minha perna e competir em Pequim, aprendi muito sobre mim mesmo: provavelmente o mais importante é que, se eu me esforçar, posso conseguir o que quiser, na verdade.”
Treinamento de astronauta
Agora, ele está partindo para seu próximo grande desafio.
Há três anos, um colega lhe enviou um anúncio para aspirantes a astronautas, incluindo alguém para participar de um estudo europeu sobre a possibilidade de uma pessoa com deficiência física se tornar membro pleno da tripulação da Estação Espacial Internacional.
“Achei que parecia uma oportunidade extremamente interessante e empolgante… do ponto de vista pessoal, mas também do ponto de vista sociológico. Foi muito, muito interessante o que a Agência Espacial Europeia estava propondo fazer e desafiar”, disse.
No mês passado, McFall foi declarado no caminho para se tornar o primeiro “parastronauta” do mundo, depois de passar por meses de testes rigorosos sobre sua capacidade de realizar procedimentos de emergência em órbita e sobre a maneira como ele se moveria e se estabilizaria em microgravidade.
Os estudos incluíram o impacto sobre a densidade óssea e a forma como os fluidos se deslocam pelo corpo em microgravidade, o que pode afetar o ajuste da prótese que ele deve continuar usando na EEI.
Ele ainda não tem garantia de um voo específico, mas a Agência disse em julho que o estudo, que deve ser concluído no final deste ano, demonstrou que seria tecnicamente viável para um astronauta com uma deficiência física como a de McFall viajar para o espaço.
Embora a Agência tenha usado oficialmente o termo “parastronauta”, não é uma palavra cujo uso o próprio McFall incentiva. Se aprovado para uma missão à Estação Espacial Internacional, ele cumpriria suas funções como qualquer outro membro da tripulação — assim como ele é um médico e um pai normal, e não um “para-cirurgião ou para-pai”, disse.
McFall espera que sua experiência e a dos 4.000 atletas nas Paralimpíadas desta semana enviem uma mensagem de incentivo a outras pessoas que enfrentam qualquer tipo de circunstância que altere sua vida.
“O que eu diria para as pessoas que sofrem qualquer tipo de trauma como esse, ou que passam por um evento que altera a vida como esse, é que, seja o que for, encontrem algo pelo qual sejam apaixonados… porque é isso que lhes dará a recompensa e é isso que os ajudará, não quero dizer que se redefinam, mas que os ajudará a restabelecer o senso de identidade”, disse. “Eu sou apenas uma pessoa. Vocês estão prestes a ver centenas delas competindo no mais alto nível nas próximas semanas.”
* É proibida a reprodução deste conteúdo.
[ad_2]