4 dicas para aplicar comunicação não violenta com crianças

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Dialogar de maneira presente e contínua é uma forma de manter a comunicação não violenta em casa. Crédito: RDNE Stock Project/Pexels

A comunicação é uma habilidade essencial que nos acompanha por toda a vida. Desde a tenra idade, aprender a se comunicar de maneira eficaz pode fazer a diferença em como as crianças lidam com suas emoções e relacionamentos. Em um ambiente escolar como o Colégio Marista Santa Maria, em Curitiba, a aplicação da Comunicação Não Violenta (CNV) tem se mostrado um recurso valioso para capacitar alunos a se tornarem representantes de turma que promovem a cooperação e reduzem conflitos. Neste post, abordaremos quatro dicas práticas para aplicar a Comunicação Não Violenta com crianças, ajudando-os a se tornarem comunicadores mais empáticos e assertivos.

1. Pratique a escuta atenta

A escuta atenta é um dos pilares da Comunicação Não Violenta. Para crianças, isso significa ouvir o que os colegas têm a dizer sem interromper, sem fazer julgamentos ou distrações. Incentive-as a prestar atenção às emoções e necessidades expressas pelo outro, em vez de se concentrar apenas nas palavras.

Como fazer:

  • Crie um ambiente seguro: Reserve momentos específicos durante o dia para discussões em grupo, onde cada criança tenha a oportunidade de expressar suas opiniões.
  • Modelagem: Como adultos, você pode modelar a escuta atenta. Demonstre desinteresse em seu celular ou qualquer outro tipo de distração durante as interações com as crianças.
  • Feedback positivo: Quando uma criança demonstra estar escutando ativamente, reconhecer e valorizá-la ajuda a reforçar esse comportamento.

2. Use a linguagem de forma consciente

As palavras que escolhemos para nos comunicarmos têm um impacto significativo nas interações. A CNV propõe que evitemos as críticas e julgamentos. Em vez disso, as crianças devem aprender a expressar suas necessidades de maneira clara e respeitosa.

Como fazer:

  • Evite rótulos: Ajude as crianças a se expressarem sem usar termos que possam ser físicos ou emocionais. Em vez de dizer “você é preguiçoso”, encoraje-as a dizer “eu gostaria que você ajudasse mais com as tarefas”.
  • Expressão de sentimentos: Ensine as crianças a identificar e expressar seus sentimentos. Elas podem usar frases como “Eu me sinto triste quando…”, facilitando a conexão emocional.
  • Declarações em primeira pessoa: Incentive-as a falar sobre seus desejos e necessidades em primeira pessoa. Uma forma de dizer “eu preciso de um pouco mais de tempo” pode evitar ressentimentos.

3. Incentive a empatia

A empatia é fundamental na CNV e envolve não apenas compreender os sentimentos dos outros, mas também se conectar com suas necessidades. As crianças podem aprender a praticar empatia para tornar seus relacionamentos mais saudáveis e colaborativos.

Como fazer:

  • Atividades em grupo: Propor dinâmicas que exijam que as crianças se coloquem no lugar do outro pode ajudar a cultivar a empatia. Jogos de interpretação, onde eles assumem diferentes papéis, podem ser eficazes.
  • Falar sobre emoções: Facilite discussões sobre emoções e como elas influenciam o comportamento. Perguntas como “Como você acha que ele se sentiu?” podem ajudar as crianças a refletir sobre as experiências dos outros.
  • Prática de situações: Crie cenários fictícios onde as crianças precisam oferecer suporte a um colega. Isso pode ser seguido por uma discussão sobre como se sentem ao ajudar.

4. Medie conflitos usando CNV

Conflitos são inevitáveis, especialmente em ambientes em que crianças de diferentes origens e personalidades interagem. A comunicação não violenta pode ser uma ferramenta poderosa para mediar esses conflitos de maneira construtiva.

Como fazer:

  • Identificação de necessidades: Quando um conflito surgir, guie as crianças a identificarem não apenas o problema, mas também as necessidades subjacentes. Pergunte a cada parte o que está precisando para se sentir melhor.
  • Busca de soluções colaborativas: Ajude as crianças a colaborarem na busca de soluções que atendam às necessidades de todos os envolvidos. Isso pode incluir compromissos ou novas propostas de interação.
  • Reflexão pós-conflito: Após a resolução do conflito, crie um espaço para que as crianças reflitam sobre o que aconteceu. Incentive-as a pensar sobre o que aprenderam e como sua comunicação pode ser mais eficaz no futuro.

Implementar a Comunicação Não Violenta entre as crianças é um passo importante para criar ambientes escolares mais harmoniosos e cooperativos. As habilidades que elas desenvolvem nesta prática não apenas ajudam a minimizar os conflitos em suas vidas escolares, mas também as preparam para interações mais saudáveis e construtivas no futuro. Profissionais e educadores, como Ana Cristina dos Santos Lourenço Zeferino, do Colégio Marista Santa Maria, têm um papel vital em guiar os alunos nesse processo, promovendo um aprendizado que vai além das salas de aula e impacta a formação de cidadãos mais empáticos e colaborativos. Com dedicação e prática, a CNV pode se tornar uma parte integrante da cultura escolar, beneficiaando não apenas as crianças, mas toda a comunidade educacional.


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