Ditadura Educacional? Ratinho Junior Ignora Vontade Popular e Avança com Privatização de Escolas no Paraná
O governo do Paraná está no centro de uma polêmica que tem mobilizado comunidades escolares, sindicatos e defensores da educação pública. O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o secretário estadual de Educação, Roni Miranda, têm enfrentado críticas intensas após avançarem com um plano de privatização da administração escolar, mesmo após rejeição expressiva da população em consulta pública.
A decisão tem sido vista como um ato autoritário, desrespeitando a opinião das comunidades escolares que participaram do processo consultivo. Dos 177 colégios avaliados, apenas 11 receberam aprovação para a implementação do novo modelo de gestão, mas, mesmo assim, o governo estadual já iniciou a distribuição dos lotes de privatização.
Para a APP-Sindicato, entidade que representa professores e profissionais da educação no estado, a postura do governo é uma afronta à democracia e ao diálogo com a sociedade. “Estamos diante de um projeto de ditador, onde não há espaço para questionamentos ou respeito às regras que o próprio governo estabeleceu. Isso é inadmissível”, afirmou um dos representantes da entidade.
O sindicato informou que vem denunciando a situação a diversas instâncias, buscando barrar o que chama de “ataque à educação pública”. Além disso, tem promovido ações para mobilizar a comunidade escolar contra a medida, que é vista como uma ameaça ao acesso universal e igualitário à educação.
Especialistas na área educacional também se manifestaram contra a decisão, apontando riscos de precarização do ensino e aumento das desigualdades. Para eles, a privatização da gestão escolar pode transformar um direito constitucional em um privilégio, excluindo ainda mais as populações mais vulneráveis.
Por outro lado, o governo estadual defende que a medida busca melhorar a eficiência administrativa e o desempenho das escolas, mas ainda não apresentou estudos claros que sustentem essas alegações. Críticos apontam que, ao ignorar o resultado da consulta pública, o discurso de modernização se torna insustentável, revelando um governo desconectado das necessidades e desejos da população.
Com o impasse, resta saber se as denúncias e mobilizações da APP-Sindicato terão força suficiente para barrar esse projeto. Enquanto isso, as comunidades escolares seguem em alerta, buscando preservar a qualidade e a integridade da educação pública no Paraná.