Dores no quadril em foco: especialistas discutem causas e tratamento em evento da APM

Lombar

A dor no quadril, uma condição que afeta milhões de brasileiros e compromete a qualidade de vida de muitas pessoas, foi tema de destaque no mais recente fórum organizado pela Associação Paulista de Medicina (APM). Especialistas de diversas áreas da saúde reuniram-se para discutir como essa dor pode se manifestar em diferentes doenças reumatológicas e o impacto que ela tem na mobilidade e na rotina dos pacientes.

O evento, que ocorreu na última semana, foi marcado por debates intensos sobre as causas, diagnósticos e avanços no tratamento das dores no quadril. Segundo os especialistas presentes, esse tipo de dor, muitas vezes negligenciado, pode estar relacionado a doenças reumatológicas como a artrite reumatoide, espondilite anquilosante e bursite.

Desafios no diagnóstico

Um dos pontos mais abordados no fórum foi a dificuldade no diagnóstico preciso da dor no quadril, já que ela pode ter várias origens, incluindo condições inflamatórias, degenerativas ou até mesmo traumas. “A dor no quadril é frequentemente confundida com problemas na coluna ou no joelho, o que atrasa o tratamento adequado”, explicou o reumatologista Dr. João Mendes, um dos palestrantes do evento. Ele destacou que exames de imagem, como ressonância magnética, aliados à avaliação clínica criteriosa, são fundamentais para identificar a real origem da dor.

Os especialistas também reforçaram que a avaliação precoce é essencial para evitar o agravamento de condições que podem ser tratadas de forma eficaz se diagnosticadas a tempo. “A dor no quadril pode ser debilitante, e quanto mais cedo identificarmos o problema, maior a chance de devolvermos a mobilidade ao paciente”, afirmou Mendes.

Tratamentos em evolução

O tratamento da dor no quadril também foi amplamente discutido durante o evento. As abordagens variam de acordo com a causa subjacente da dor, podendo incluir fisioterapia, medicações anti-inflamatórias, infiltrações e, em casos mais graves, a cirurgia de reposição do quadril. Nos últimos anos, novos medicamentos e técnicas cirúrgicas menos invasivas têm oferecido esperança para pacientes que sofrem de dores crônicas.

Um dos avanços destacados foi o uso de terapias biológicas no tratamento de doenças autoimunes, como a artrite reumatoide, que podem desencadear dores intensas nas articulações, incluindo o quadril. Essas terapias têm se mostrado promissoras na redução da inflamação e na prevenção de danos articulares a longo prazo.

Impacto na qualidade de vida

Além das discussões técnicas, o fórum da APM também abordou o impacto emocional e social da dor no quadril. A mobilidade limitada afeta diretamente a independência dos pacientes, e a dor constante pode levar a quadros de depressão e ansiedade. “Muitos pacientes sentem-se frustrados por não conseguirem realizar atividades simples, como caminhar ou subir escadas, o que acaba afetando sua autoestima e qualidade de vida”, comentou a fisioterapeuta Ana Clara Ferreira, que participou das mesas redondas.

Conclusões e perspectivas

O fórum concluiu com um chamado à importância da conscientização sobre as dores no quadril e suas relações com doenças reumatológicas. Os especialistas concordaram que, embora os avanços no tratamento sejam animadores, ainda há um longo caminho a percorrer em termos de acesso aos tratamentos e diagnóstico precoce.

Os participantes também ressaltaram a necessidade de um maior investimento em campanhas de saúde pública que informem a população sobre os sinais de alerta e a importância de buscar ajuda médica rapidamente. “Precisamos quebrar o ciclo de negligência em torno da dor no quadril. Muitas vezes, ela é tratada como algo natural do envelhecimento, quando na verdade pode ser o sinal de uma doença séria”, concluiu Dr. Mendes.


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