Ondas de calor na América têm quatro vezes mais chances de se repetir

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 As ondas de calor como as que atingiram os Estados Unidos, o México e a América Central entre o final de maio e o início de junho deverão tornar-se 35 vezes mais prováveis devido às mudanças climáticas, mostra estudo divulgado nesta quinta-feira (20).

O relatório, da World Weather Attribution (WWA) – grupo de cientistas especializados em pesquisas sobre o clima – diz que as temperaturas extremas atingidas em maio e junho nessas regiões têm agora quatro vezes mais probabilidade de se repetir no clima atual do que há 25 anos.

A organização, que avalia regularmente a ligação entre eventos climáticos extremos no mundo e as alterações climáticas, acrescenta que as ondas de calor sempre ocorreram, mas as alterações climáticas, causadas por mais de um século de queima de carvão, petróleo e gás, fazem com que sejam mais intensas e frequentes.

O calor mata mais do que furacões ou inundações em todo o mundo.

As temperaturas bateram recordes de calor no México desde março, causando a morte de pelo menos 125 pessoas. “Ainda não sabemos ao certo como aconteceram as mortes, mas foram causadas pelo calor”, destaca.

Para os especialistas, a utilização continuada de combustíveis fósseis e, portanto, de emissões de gases de efeito de estufa, vai expor milhões de pessoas a ondas de calor perigosas no futuro.

Maio de 2024 foi o mês mais quente já registrado no mundo, tornando-se o 12º mês consecutivo a quebrar o seu próprio recorde, de acordo com o Observatório Europeu Copernicus.

A Grécia está enfrenta a primeira onda de calor do ano, o que nunca ocorreu tão cedo em junho.

A Índia vive temperaturas escaldantes na estação quente, mas este ano as ondas de calor foram excepcionais, com recordes de temperatura.

Na Arábia Saudita, mais de 900 mortes foram notificadas durante a grande peregrinação anual muçulmana dos últimos dias a Meca, a maioria delas devido à onda de calor.

Os especialistas da WWA analisaram os cinco dias consecutivos e as cinco noites mais quentes do período “extremo de calor” que atingiu o sudoeste dos Estados Unidos, o México, a Guatemala, Belize, El Salvador e Honduras, no final de maio e início de junho.

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