Doritos demite influenciadora transgênero espanhola após polêmica nas redes sociais: uma análise crítica
A recente demissão da influenciadora transgênero espanhola, Abril Zamora, pela Doritos, após uma polêmica nas redes sociais, levanta questões importantes sobre a interseção de identidade de gênero, representação e responsabilidade corporativa.
A polêmica surgiu quando Zamora postou um vídeo no TikTok no qual criticava a falta de diversidade na publicidade da Doritos. Ela argumentou que, como uma mulher transgênero, ela nunca se sentiu representada nos anúncios da marca. O vídeo gerou uma onda de apoio online, mas também atraiu críticas de alguns usuários que acusaram Zamora de “cancelar” a Doritos.
Em resposta à polêmica, a Doritos emitiu um comunicado afirmando que “respeita a diversidade e a inclusão” e que “está comprometida em criar um ambiente acolhedor para todos”. No entanto, a empresa também anunciou que não renovaria o contrato de Zamora.
A decisão da Doritos de demitir Zamora foi recebida com críticas generalizadas por ativistas LGBTQ+ e aliados. Eles argumentaram que a empresa estava punindo Zamora por falar contra a discriminação e que isso enviava uma mensagem perigosa para outras pessoas transgênero.
A polêmica também destaca a importância da representação na publicidade. As pessoas transgênero são frequentemente sub-representadas ou mal representadas na mídia, o que pode levar à invisibilidade e à marginalização. A decisão da Doritos de demitir Zamora sugere que a empresa não está disposta a assumir o risco de alienar clientes que podem não apoiar a diversidade e a inclusão.
No entanto, é importante notar que a Doritos não é a única empresa que enfrenta críticas por sua falta de diversidade e inclusão. Muitas outras marcas foram acusadas de branqueamento, apropriação cultural e outras formas de discriminação. Isso sugere que existe um problema sistêmico na indústria da publicidade que precisa ser resolvido.
A demissão de Abril Zamora pela Doritos é um lembrete de que ainda há muito trabalho a ser feito para alcançar a verdadeira diversidade e inclusão na sociedade. As empresas têm a responsabilidade de criar ambientes acolhedores para todos, independentemente da sua identidade de género, raça, religião ou orientação sexual. Elas também precisam estar dispostas a assumir o risco de alienar clientes que podem não apoiar a diversidade e a inclusão.