Relatórios do Coaf apontam que entorno de Bolsonaro movimenta fortunas
O general Cid foi alvo de uma busca e apreensão em sua casa
O Coaf classificou as movimentações das contas como atípicas, e o montante registrado corresponde apenas ao que foi identificado nas contas correntes dos envolvidos que incluem figuras-chave da equipe de apoio direto do ex-mandatário, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens.
Relatórios de movimentações financeiras enviados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e pela Receita Federal (RF) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas apontam que membros do círculo próximo de Jair Bolsonaro (PL) movimentaram ao menos R$ 26.665.739,96 milhões, entre os anos de 2020 e 2023.
O Coaf classificou as movimentações das contas como atípicas, e o montante registrado corresponde apenas ao que foi identificado nas contas correntes dos envolvidos que incluem figuras-chave da equipe de apoio direto do ex-mandatário, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens.
Suspeitas
Os documentos apontam que a movimentação identificada nos últimos quatro anos destoa do patrimônio e dos rendimentos do grupo investigado. A lista inclui o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, com R$ 13,5 milhões (2020 a 2023); Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, com R$ 5 milhões (2020 a 2023); Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, com R$ 3,9 milhões (2021 a 2023).
Os documentos também apontam movimentações suspeitas feitas por Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, com R$ 2,6 milhões (2021 a 2023); Luiz Antonio Gonçalves de Oliveira, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, com R$ 582,6 mil (2022 a 2023); Jairo Moreira da Silva, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, com R$ 453,3 mil (2022 a 2023); Adriano Alves Teperino, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, com R$ 268 mil (2022).