Bomba- Núcleo de Educação de Cascavel, obriga professores assumir aulas sem habilitação

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Secretaria Estadual de Educação do Paraná; Colégio Estadual Sagrada Familia em Campo Largo, palestra com representantes dos três poderes, Geração Atitute. 11-05-18. Foto: Hedeson Alves

Continua sendo inscrita uma das histórias mais tristes da educação no Paraná.

O ex-secretário Renato Feder, deu o ponta pé inicial com o suporte do governo de Carlos Massa Ratinho Junior. Começou um processo de destruição da educação pública.

O ex-comandante da educação no Paraná, foi competente e no final de 2022, conseguiu jogar os professores uns contra os outros. De um lado os dos Quadros Próprios do Magistérios e na outra ponta, os dos Processos Seletivos Simplificados.

Com o cabo de guerra montado, Renato Feder e sua turma assistiram de camarote as desavenças do setor.

Desta forma, foram avançando e destruindo um processo de aprendizados que vinha dando certo há anos.

No passar da boiada, foram inserindo à sua maneira de tocar a educação, privilegiando grupos privados em detrimento do que é público.

Com as estratégias montadas nos porões do órgão, foram extinguindo direitos adquirido ao longo dos anos; inclusive desrespeitando a política de reposição salarial, que já ultrapassa os 40%. Desta forma, o governo do Paraná, vem mostrando que o caminho que deseja percorrer é privatização da educação.

Valorizar professores e agentes 1 e 2, na cabeça dos políticos liberais é de esquerda.

No ano passado, durante o período de férias, os professores deixaram de receber os R$800,00, que era destinado ao transporte de deslocamento de casa para a escola e de um lado para o outro; a verba foi criada para o professor continuar desenvolvendo as suas atividades, mesmo durante as férias. Em janeiro, ninguém recebeu a verba de custeio.

Em vez de aumentar o valor, deixou de pagar, a Secretária de Educação, que tinha a frente Renato Feder, colocou uma bomba nos bolsos dos professores e funcionários públicos, prestes a estourar. Por outro lado, não houve uma resposta de quem vem representando a classe.

O valor de R$ 800,00 foi um acordo conquistado pela APP-Sindicato durante uma greve, onde o então governador Jaime Lerner, foi obrigado a repassar o valor para os professores, reconhecendo que era justo a incorporação ao salário do servidor da educação. Já que não era possível atender outras reivindicações da categoria, no campo profissional.

Agora a Secretária de Educação, cria um novo problema para o professor. Desta vez, construíram uma grade curricular do Ensino Médio e do Fundamental, alem de instituirem cursos novos, nem nível médio técnicos no ensino no Paraná, aumentando a carga horária, 50 minutos a mais de permanência as instituições, por turno. O que é pior, o profissional não teve aumento e nem foram feitas as reposições salariais, que os professores tanto vêm reivindicando.

As trapalhadas dentro dos núcleos regionais de educação é de assustar. Em cascavel, um professor conta que distribuíram aulas sem consultar a vaga disponível. O professor, ao chegar na instituição, descobriu que não existia a vaga que lhe foi atribuida.

O problema causado pelo Núcleo Regional de Cascavel, trouxe preocupação ao cidadão que se candidatou a uma vaga que não existia e perdeu a oportunidade de disputar outra.

Para resolver a situação do professor, que atua como PSS a 15 anos, deram um novo encaminhamento na região de Cascavel, obrigando o profissional percorrer mais de 14 km, na região metropolitana, para ministrar aulas em outras instituições que tinham vaga disponível.

Histórias como essas, estão acontecendo e parece que a reclamação não chega a APP-Sindicato. Por esse motivo, é preciso estar sempre atuando e cobrar uma atitude de quem diz representa-los.

De acordo com uma outra professora, de Cascavel, na escola onde atua, nas quintas feiras, inseriram na grade de ensino, mais uma matéria, sobre o pensamento da computação e que no período da tarde, finaliza as 18h35minutos, para quem leciona no período noturno e tem que se deslocar de um colégio para o outro, chega atrasado e vai sofrer descontos nos pagamentos. O que é pior, sem receber numeração pela última aula.

Outra reclamação, é que não foi feito o suprimento de todos os professores do Processo Seletivo Simplificado, o prazo era até a data de ontem, as 16 horas.

A profissional da educação questiona, “só recebemos no final de março, como iremos nos alimentar, pagar as contas, abastecer os veículos?” A preocupação está tomando conta de todos.

Na mesma cidade, a Secretária de Educação do Paraná, segundo relatos, não conseguiu preencher as vagas em todas as escolas. Por esse motivo, estão obrigando os professores da educação especial cumprir a falta de outros profissionais. Mais um caso grave, os professores de educação especial, não tem a mesma habilitação nas aulas em que estão sendo obrigados a assumir.


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