4 critérios que devem fazer parte da escola infantil

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Ao analisar onde seu filho vai passar boa parte do dia, é preciso levar em consideração diversos fatores

Vivenciar a primeira infância dentro de casa não é exatamente a melhor forma de proporcionar desenvolvimento para o seu filho. Ao frequentar outro espaço, a criança passa a entender que existe um mundo além daquilo que ela já conhece e aprende a compartilhar, administrar conflitos, desenvolver laços afetivos, além de todas as vivências que uma escola pode oferecer.

E aí surge a dúvida: como escolher a escola ideal? Ao analisar onde seu filho vai passar boa parte do dia, é preciso levar em consideração diversos fatores, além das indicações de amigos ou parentes.

Segundo Danielle H. Admoni, psiquiatra geral, da Infância e Adolescência, supervisora na residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria); o primeiro passo é fazer uma seleção de escolas, agendar visitas e conversar com os orientadores pedagógicos.

Ainda assim, para que essa avaliação seja segura e eficaz, é preciso pontuar outros critérios. Confira-os antes de tomar sua decisão.

Valores e metodologias

A escola tem o papel de auxiliar na formação pessoal e no desenvolvimento dos alunos. Daí a importância de assegurar que os valores da instituição sejam compatíveis com os da sua família. Também questione sobre as metodologias pedagógicas e como funciona a comunicação entre a família e a escola.

“Faça perguntas como: ‘Que conteúdos meu filho vai aprender?’, ‘Como vocês estimulam o processo de aprendizado’, ‘Que tipo de atividades são oferecidas ao longo do dia?’, ‘Como é o tempo dedicado às brincadeiras?’. Valores como inclusão e respeito à diversidade também são princípios necessários em uma escola”, afirma Danielle Admoni.

Ambiente/Infraestrutura

Seu instinto materno pode acender o alerta caso você perceba algo de errado no ar. Higiene comprometida, iluminação e ventilação precárias, escadas e janelas sem proteção ou móveis e materiais danificados são evidências de desleixo.

“Muitas vezes, passamos batidos por detalhes que são importantíssimos. Por isso, não tenha pressa ao visitar a escola. Os espaços de brincar devem ser adequados para cada faixa etária e os banheiros adaptados com pias e vasos sanitários para os pequenos. Perceba se há acúmulo de sujeira em móveis, brinquedos, tapetes e cortinas. Verifique também o trocador (se o seu filho ainda usar fraldas), suas condições de higiene e como os materiais individuais das crianças são armazenados. Leve o tempo que precisar para observar todos os detalhes”, orienta Danielle Admoni.

Segurança

Preste atenção se a escola conta com câmeras, sensores, porteiros e controle de entrada e saída de pessoas. Verifique a existência de extintores, saídas de emergência e planos de evacuação em caso de incêndio. Certifique também se a escola tem o alvará de funcionamento do corpo de bombeiros.

Seguir o Projeto de Lei 4731/12 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), que limita o número máximo de alunos em sala de aula, é imprescindível. Nas creches, a relação é entre o número de crianças por faixa etária e adultos. Dessa forma, são cinco crianças de até 1 ano por adulto; oito crianças de 1 a 2 anos por adulto; 13 crianças de 2 a 3 anos por adulto; 15 alunos de 3 a 4 anos por professor, na creche ou pré-escola; e 25 alunos de 4 a 5 anos por professor na pré-escola.

“Acompanhe o horário de saída para verificar como é feito o monitoramento das crianças. Vale também conversar com os pais dos alunos para ter o feedback deles sobre a escola”, aconselha a psiquiatra.

Experiência e qualificação

Nunca subestime o peso da experiência. Escolas que existem há anos já passaram por várias tentativas-erro, encontraram sua identidade e costumam ter resultados comprovados.

“Ainda assim, lembre-se que seu filho estará em contato direto com vários tipos de profissionais. Desde a estagiária até a diretora. Portanto, você não só pode como tem o direito de saber a qualificação de todos, da formação até as competências comportamentais. Com as redes sociais, também fica mais fácil averiguar as informações”, finaliza Danielle Admoni.


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