Os desafios na área da segurança pública em 2020 ultrapassaram as fronteiras da criminalidade e avançaram no campo da saúde por conta do novo coronavírus. Mesmo com as dificuldades que vieram com a pandemia, o Governo do Estado manteve os planos de melhoria das carreiras policiais que careciam de avanços há anos, como as promoções e progressões dos quadros das polícias Militar e Civil, o projeto da criação da Polícia Penal e, ainda, efetivou melhorias das condições de trabalho.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública também se empenhou em proteger os profissionais da área contra a Covid-19, com o fornecimento de máscaras, álcool em gel e outros materiais e, também, reforçou a produção de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pelos detentos das unidades penais.

Para o secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, as palavras trabalho e integração foram a chave para os avanços obtidos. “O mais importante é contar com profissionais motivados e valorizados para que possam desempenhar suas atividades com mais intensidade e dedicação”.

“Além de preparar os profissionais e buscar equipamentos, nosso trabalho visa dar suporte à saúde dos nossos policiais e agentes. Sabemos que a profissão na área da segurança pública exige muita dedicação e envolvimento. Por isso, estamos sempre valorizando nossos servidores, seja com melhorias na carreira ou com acesso mais facilitado para cuidar da saúde”, disse o Marinho.

VALORIZAÇÃO – Em 2020, o trabalho conjunto entre as secretaria estaduais da Segurança e da Fazenda possibilitou o pagamento das promoções e progressões de oficiais e praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, de peritos oficiais da Polícia Científica, dos agentes penitenciários, agentes de execução e agentes profissionais do Departamento Penitenciário.

Ainda em 2020 foram lançados os concursos públicos para a contratação de 2 mil soldados para a Polícia Militar e 400 soldados para o Corpo de Bombeiros, além de 300 delegados, 50 investigadores e 50 papiloscopistas para a Polícia Civil.

Por conta dos efeitos da pandemia, a prova de Conhecimentos do concurso da PM foi adiada, mas já ficou acertada para o dia 28 de março. No caso da Polícia Civil, a prova está prevista para 21 de fevereiro. As datas ainda podem sofrer alterações por conta da pandemia.

POLÍCIA PENAL – Antiga reivindicação dos profissionais, a criação da Polícia Penal do Paraná está em andamento. O projeto de emenda constitucional foi elaborado para transformar os atuais agentes penitenciários em policiais penais. O texto em análise conta com a obrigatoriedade de remuneração por subsídio, estabelece a hierarquia e a disciplina como fundamentos da instituição e a criação do conselho da Polícia Penal, colocando-a no mesmo patamar das polícias Militar, Civil e Científica.

SAÚDE MENTAL – Uma das maiores iniciativas para a saúde dos profissionais foi da Assessoria de Planejamento Estratégico e Gestão de Projetos (Apep) com o projeto Prumos, criado para oferecer um atendimento de saúde mental aos policiais militares e civis, bombeiros, agentes penitenciários e peritos oficiais, em todo o Paraná.

A Secretaria da Segurança Pública contratou 85 profissionais de saúde (psicólogos e assistentes sociais), por meio de processo seletivo simplificado (PSS), para oferecer atendimento. Eles passaram por um treinamento para conhecer a estrutura da segurança pública e, principalmente, o público-alvo do trabalho.

Em um primeiro momento, 18 municípios recebem o serviço e os trabalhos continuam para ampliar o programa para mais regiões do Paraná.

COMBATE À COVID-19 – A valorização profissional abrangeu, ainda, a proteção aos servidores que atuam em contato direto com público e, portanto, mais expostos à contaminação do novo coronavírus.

O planejamento da secretaria, em parceria com o Departamento Penitenciário, mobilizou centenas de presos de unidades penais do Estado para a confecção de máscaras, aventais e outros tipos de EPIs (escudos faciais, toucas e sapatos descartáveis) que foram entregues aos policiais, agentes e profissionais de saúde, além de atender outras instituições.

A produção dos materiais foi possível graças a parcerias e convênios com instituições e o apoio das polícias Miliar e Civil, Guardas Municipais e hospitais, que doaram os tecidos ao Depen.

Além de prestarem um importante auxílio durante a pandemia, os presos que participam desse trabalho têm a pena reduzida em um dia a cada três trabalhados. A atividade também gera economia aos cofres públicos.

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