Rendo essa singela homenagem à professora Edith Paulino Cabral Krauss, uma vez que dona Edith desempenhou um importante papel na minha infância, em Astorga. Falei pela primeira vez com ela no ambiente da biblioteca, no então Grupo Escolar Governador Adolpho de Oliveira Franco.

Fui até lá para retirar um livro literário a fim de levá-lo para ler em casa; ela recebeu-me com muito carinho e fez com que me sentisse valorizada na biblioteca escolar. Escolhi um livro e rumei feliz para minha casa. Semana seguinte, lá estava eu para devolver o livro e levar outro.

Travou-se então uma bonita amizade entre uma criança que gostava de livros e a dona Edith, tendo os exemplares da biblioteca como pano de fundo. Perspicaz, ela deve ter percebido meu gosto pela leitura e sempre conversávamos sobre os temas das histórias lidas e minha opinião a respeito. Eu tinha absoluta certeza de que ela era muito inteligente, não sei como, mas eu sabia e a admirava.

Passado algum tempo, ela começou a sugerir a leitura de livros mais robustos e interessantes que aguçaram minha curiosidade acerca de novas temáticas e autores. Lembro-me de quando me apresentou o livro de Mário Palmério, O Chapadão do Bugre. Fiquei intrigada com o título e por ter muitas páginas. Contudo pensei: tenho que ler, afinal dona Edith me confiou esse exemplar! Nessa fase, comecei, também, a me interessar por biografias e até hoje aprecio esse gênero textual.

Quero expressar minha eterna gratidão a essa pessoa notável, que deu atenção a uma menina que acabara de completar dez anos de idade e, assim, descortinou um mundo repleto de fábulas, personagens, locais distantes e culturas diferentes.

Até hoje sinto intensa emoção ao me lembrar dessa maravilhosa pessoa que me incentivou a ler cada vez mais e, a me sentir importante, quando saía da biblioteca com um exemplar nas mãos. Obrigada, Dona Edith!


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