Testada em modelo silvipastoril, solução barata ajuda na adaptação da pecuária de leite à crise climática

Em tese premiada pela Capes, pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da UFPR desenvolveu sistema eletrônico versátil, com sensores simples, que medem o conforto térmico de vacas leiteiras em pastagens

Como sabemos se uma vaca está confortável? Observando como ela se comporta: quando se sentem bem, bovinos bebem água, se deitam e pastam na sombra. Temperaturas e sensações térmicas são elementos relevantes para isso, assim como a segurança que o indivíduo sente dentro da hierarquia social do rebanho. Na pecuária, seja de leite ou de corte, a sensação de conforto é um fator de bem-estar do animal que é objeto recorrente de pesquisas também porque se reflete na produção. O cortisol, hormônio do estresse, faz com que vacas deixem de produzir leite e baixa a qualidade de qualquer produto pecuário, além de sujeitar os animais ao adoecimento.

O conhecimento — e monitoramento — dos hábitos do gado é importante no sistema silvipastoril, modelo de agricultura sustentável em que são reunidos nas pastagens agricultura, pecuária e floresta — pelo menos 100 árvores por hectare.

A questão é que, nesse sistema, o bem-estar animal acaba sendo outro desafio de manejo. Apesar das vantagens do sistema silvipastoril, que vão da necessidade menor de espaço a ganhos com a qualidade do solo, ele tem sido de lenta disseminação no Brasil. Os motivos são vários, inclusive culturais, mas um deles é o fato de exigir planejamento e manutenção atentos às necessidades das espécies de plantas e animais envolvidos.


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