Roberta Miranda relembra trabalho como empregada doméstica e desabafa: “Eu não tinha o que comer”

Em entrevista ao programa “Altas Horas”, da TV Globo, a cantora Roberta Miranda relembrou a fase em que trabalhou como empregada doméstica, aos 16 anos. “Tive que fazer algumas coisas na vida para sobreviver. Uma delas foi bater na porta de alguém”, disse.

Roberta contou que saiu de casa após conflitos com a família, que não apoiava seu sonho de ser artista. “Somos quatro, três homens e eu mulher, mas eles não queriam que eu fosse artista. A humilhação, a briga, o castigo, a palmatória, milho de joelho, tudo começou dentro da minha família”, afirmou.

A cantora disse que passou por dificuldades financeiras na época. “Eu não tinha o que comer”, desabafou.

A história de Roberta Miranda é um exemplo da luta de muitas mulheres que precisam trabalhar como empregadas domésticas para sustentar suas famílias. Segundo dados do IBGE, há cerca de 6,3 milhões de empregadas domésticas no Brasil, sendo a maioria mulheres negras e de baixa renda.

Essas trabalhadoras enfrentam diversas dificuldades, como baixos salários, jornadas exaustivas e falta de direitos trabalhistas. Além disso, muitas vezes são vítimas de discriminação e violência.

O caso de Roberta Miranda também levanta a questão da importância do apoio familiar para o sucesso profissional. Quando os familiares não apoiam os sonhos dos filhos, isso pode dificultar muito o caminho para a realização pessoal.

É fundamental que a sociedade se conscientize sobre as dificuldades enfrentadas pelas empregadas domésticas e que lute por melhores condições de trabalho para essas profissionais. Além disso, é importante apoiar os jovens que sonham em seguir carreira artística, mesmo que isso signifique ir contra a vontade da família.