Ratinho Junior; um governo criminoso

Por Sebastião Santarosa

Todos nós já sabemos da desonestidade e da crueldade do governo Ratinho Júnior. A bonificação salarial anunciada nessa semana é mais uma de suas trapaças. A situação é gravíssima.

Eventuais ganhos imediatos para uma parcela da categoria neste momento significam o avanço do projeto de destruição da escola pública e das carreiras dos profissionais da educação. Todos sairemos perdendo. E perdendo muito!

Trata-se de uma questão política com danos sociais irreparáveis a curto prazo. Embora a conjuntura seja muito difícil, precisamos reagir, não podemos baixar a cabeça como se nada estivesse acontecendo. Nosso silêncio e nossa apatia é tudo o que governos como o de Ratinho Júnior desejam.

Embora muitos de nós tenham se desiludido com a luta coletiva e com as posturas da direção de nosso sindicato, sabemos que a única coisa que nos resta como instrumento de defesa é a luta coletiva organizada através de nosso sindicato.

Na assembleia da APP realizada no dia de quarta-feira, foi aprovada paralisação durante os dias de votação na Assembleia Legislativa do projeto de destruição dos planos de carreira dos professores, ou seja, segunda, terça e quarta feiras, com concentração na Praça 29 de Abril.

Devemos nos fazer presentes! Devemos marcar posição! Devemos dizer que não aceitamos mentiras e desrespeito! Devemos, todos juntos, dizer que exigimos a retirada do projeto, que exigimos a reposição das enormes perdas salariais acumuladas nos últimos anos, que exigimos concursos e o fim das terceirizações e das ridículas provas para PSS. Somos educadores.

Sabemos que história não acabou e que é preciso assumi-la em nossas mãos. Só a luta muda a vida. Precisamos ter em mente que o sonho de respeito profissional e de construção de uma escola pública de qualidade precisa ser reafirmando e perseguido em todas as nossas ações, mas especialmente em momentos como este.

*O autor é professor na região metropolitana de Curitiba.