Peixinho, ora pro nobis, açafrão, serralha, almeirão roxo, capuchinha e bertalha. Essas são algumas das espécies das chamadas Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc´s), que serão cultivadas na estufa mantida na Colônia Penal por meio do projeto Plantando o Futuro, em parceria entre a Prefeitura de Maringá e a Colônia Penal, da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná.

O cultivo das plantas comestíveis será possível graças à ampliação do viveiro de mudas, por meio de recursos do Conselho das Comunidades de Execução Penal. O cultivo das plantas terá um ciclo de três meses, com capacidade de produção de 1,5 mil quilos por ciclo.

“O projeto permitirá o cultivo de plantas alimentícias não convencionais que serão entregues para reforçar a alimentação dos idosos residentes em unidades de acolhimento, como a Casa Lar Benedito Franchini”, informa o secretário de Limpeza Urbana, Paulo Gustavo Ribas.

VISITA – As chamadas Panc´s são apenas uma das novidades que serão apresentadas nesta quarta-feira, 19, a partir das 10 horas, quando haverá uma visita à Colônia Penal do prefeito de Maringá, Ulisses Maia, do presidente da Amusep, Fernando Brambilla, e de outras autoridades políticas regionais.

Na oportunidade, também está marcada a inauguração de um espaço de reciclagem de plástico na Colônia Penal, implantada por uma empresa privada que vai gerar mão de obra sustentável.

Futuramente, também no local, a Prefeitura de Maringá estuda implantar sistema de reciclagem de vidro, mais uma ação que estimula a sustentabilidade e que assegura o direito à inserção no mundo do trabalho como forma de garantir o disposto na Lei de Execução Penal, por meio do trabalho de apenados.

COMER PLANTA? As Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc´s) são espécies vegetais que podem ter o seu desenvolvimento espontâneo como as ervas daninhas ou podem ser cultivadas em jardins e hortas. “Mas ainda são pouco utilizadas para consumo por falta de conhecimento”, diz Ana Maria Lemes, diretora de Arborização de Maringá.

Entretanto, explica ela, nos últimos anos, as Panc´s  vêm se popularizando em meio às feiras e cultivo de orgânicos. “As pessoas não sabem, mas muitas plantas que elas possuem nos jardins são comestíveis. Muitas dessas espécies encontrávamos facilmente nas hortas das nossas avós, consideradas até como mato.”

Entre os exemplos, Ana cita como plantas comestíveis a flor do ipê, azedinha, capuchinha, ora pro nobis, peixinho, serralha, bertalha, almeirão roxo, taioba, begonia, dente de leão, flor de abóbora, cactos, inhame, costela de adão. São espécies que apresentam teores de minerais, fibras, antioxidantes e proteínas significativamente maiores quando comparadas às plantas domesticadas.

No entanto, fica o aviso: é importante conhecer cada Panc para saber quais as partes da planta são comestíveis e como podem ser ingeridas, pois seu consumo depende das propriedades de cada espécie.

“Algumas formas de consumo são in natura, em saladas, geléias, compotas, refogadas, em tortas, omeletes, em molhos e para decorar os pratos”, finaliza a diretora de Arborização.

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