Pandemia e insegurança levam ao fechamento de lojas em São Paulo

Região central de São Paulo

Dezenas de estabelecimentos comerciais encerraram as atividades

Na tradicional Rua Barão de Itapetininga, no centro da capital paulista, e em muitas outras no calçadão, dezenas de estabelecimentos comerciais foram fechados. Por toda a parte, portas abaixadas, placas de “aluga-se”, pouco movimento na rua e comerciantes desanimados.

Ruas famosas pelo seu comércio estāo fechando as portas em Sāo Paulo.
Foto: Frame Tv Brasil/Agência Brasil
Lojas abertas deram lugar a placas de “aluga-se” na região central de São Paulo – Frame TV Brasil/Agência Brasil

Proprietário de uma banca de revistas desde 1986, Paolo Pellegrini avalia que este é o pior momento. “Hoje é uma rua com 80% abertos e 20% fechados. É muita coisa num trecho tão curto”, disse à TV Brasil.

O Edifício João Brícola é um prédio icônico do começo do século passado. Ele abrigou a primeira loja de departamentos do Brasil. Outras lojas vieram depois. A última ficou neste mesmo prédio por 19 anos, mas fechou no mês passado.

“Era um comércio muito bom, ocupava quase todos os andares aqui e era muito bom. Procurava de tudo e achava aqui. Parecia um shopping”, relembrou a vigilante Edneide Dias.

Outras ruas importantes do comércio popular de São Paulo seguem na mesma direção. Na Rua José Paulino, tradicional rua de roupas femininas, as lojas continuam abertas, mas o movimento está bem abaixo do que já foi. “Caiu bastante o movimento. Todos aqui estão falando a mesma coisa”, aponta a vendedora Solânia Silva.

São Paulo (SP), 12/04/2023 - Prédio antigo na esquina da rua Aurora com Santa Ifigênia, no centro da capital. Entidades que realizam trabalhos sociais na região da Cracolândia, no centro da capital paulista, estão pedindo para que o governo federal assuma a implementação de programas para o atendimento dos dependentes químicos que vivem no território. Segundo as entidades, os projetos da prefeitura e do governo do estado de São Paulo não estão dando resultado e acumulam denúncias de violações de direitos humanos. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Comerciantes da Rua Santa Ifigênia dizem que movimento na região caiu nos últimos anos – Rovena Rosa/Agência Brasil

Outra rua emblemática do comércio é a Rua Santa Ifigênia, voltada para a venda de eletrônicos. Lojas abertas também, mas com bem menos consumidores. “Três anos atrás era 100% do movimento, agora 60%, 70% e olhe lá”, avaliou o vendedor João Carlos Costa.

Assista à reportagem da TV Brasil:


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