O ramo da Odontologia que atua na elucidação de crimes e desaparecimentos é um dos que mais têm crescido no país

Um dos ramos que mais crescem e ganham expressividade dentro do curso de Odontologia é a chamada Odontologia Legal ou Forense. Com o objetivo de auxiliar o Poder Judiciário a identificar pessoas através da arcada dentária, ela corresponde a uma das áreas da perícia criminal que trabalha junto à pesquisa e elucidação de crimes, principalmente na identificação de pessoas cujas digitais estão destruídas ou impossibilitadas de serem usadas para obtenção da identidade.

Além da Odontologia, a genética forense também pode ajudar na identificação por meio do DNA. Esse material pode ser extraído de amostras biológicas como saliva, dentes, músculo cardíaco e ossos, sendo uma das técnicas utilizadas para identificação humana quando as digitais e os dentes não oferecem informações suficientes.

A doutora Suzana Papile Maciel atua como professora titular de Odontopediatria no curso de Odontologia da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe) e também trabalha como Odontolegista nos Institutos Médico-Legais (IMLs) de Sergipe e da Bahia. Ela explica que a Odontologia Legal é uma ciência que possui o dever de ajudar a Justiça com respostas importantes para elucidação de crimes.

“A atuação da odontologia legal pode ser em diversas áreas, como civil, que se refere à questionamentos com relação a tratamentos e erros odontológicos com o cirurgião-dentista atuando como perito do Judiciário, verificando o que realmente ocorreu com relação ao questionamento do paciente, que procurou um advogado e pleiteia uma indenização diante do descontentamento com o trabalho do odontólogo”, explica Suzana, que também destaca a atuação na esfera criminal envolvendo trabalho dentro dos IMLs com a identificação de cadáveres, estimativa de idade, comparação facial e análise de lesões corporais.

“Em Sergipe, nossa especialidade tem ganhado grande expressividade devido ao resultado do trabalho no IML e na Universidade, divulgando a importância de nossa atuação profissional. Aqui no estado, o IML ficou cerca de quatro anos sem odontolegista e isso foi extremamente prejudicial, porque vários corpos deixaram de ser identificados e diversas famílias ficaram esperando uma resposta e atendimento. Hoje, o serviço cresceu muito e a presença do odontolegista faz toda a diferença”, reitera.

Outro setor que ganha destaque é o da Antropologia Forense, onde o odontolegista trabalha junto ao banco de dados de pessoas desaparecidas. Neste caso, o  objetivo é trazer respostas às famílias que aguardam e procuram por entes queridos, ajudando assim diversas famílias a solucionarem perguntas das quais eles nunca conseguiram uma resposta.

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