Mauro Cid prestará novo depoimento até o final de março, segundo agentes da investigação

DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/

Caso fique comprovado que ex-ajudante de ordens omitiu informações, investigadores não descartam a possibilidade de o acordo de delação premiada ser cancelado

A Polícia Federal apura se o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), omitiu informações no rastro do acordo de delação premiada referendado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A desconfiança é sobre trocas de mensagens, obtidas pelos agentes da investigação, que não foram apresentadas por Cid.

Por isso, a Polícia Federal (PF) marcará um novo depoimento de Cid até o final de março. O objetivo é que ele explique uma eventual omissão de informação.

Além disso, preencha lacunas que ainda estão abertas na investigação contra o ex-presidente. O objetivo da Polícia Federal é encerrar a apuração ainda neste ano.

Caso seja verificado que Cid omitiu informações, agentes da investigação não descartam a possibilidade de o acordo de delação premiada ser cancelado.

Nessa hipótese, eventuais benefícios penais serão cancelados e o ex-ajudante de ordens pode, inclusive, voltar a cumprir prisão preventiva.

A Polícia Federal também pretende, até o final de março, marcar depoimento de Bolsonaro, para que ele esclareça o conteúdo do vídeo obtido pela força policial.


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