Livro incentiva a reflexão sobre diversidade da surdez e o combate aos preconceitos
No Dia Nacional de Educação de Surdos, a Editora Serena selecionou uma obra biográfica para conscientizar leitores sobre a vivência de pessoas surdas
Celebrado em 23 de abril, o Dia Nacional de Educação de Surdos é uma oportunidade para refletir sobre a pluralidade da população surda, que ainda sofre constantes estigmatizações e preconceitos. Dentre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criados pelas Nações Unidas, está a garantia de uma educação inclusiva e equitativa de qualidade para todas as pessoas até 2030. Uma das formas de avançar na conquista desses direitos é difundir a pluralidade do que é ser surdo no Brasil.
Pensar em diversidade da surdez é certificar-se de que o termo “surdos” não corresponde somente a pessoas surdas que usam língua de sinais ou que possuem surdez total. Segundo dados do Relatório Mundial da Audição, elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), existem 1,5 bilhões de pessoas no planeta com algum grau de surdez, ou seja, considerando todos os graus de perda auditiva (leve, moderado, severo e profundo). No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do IBGE, revelou que em 2019 havia 2,3 milhões de pessoas com algum grau de surdez.
A desinformação sobre a realidade de pessoas surdas é uma das causas de preconceitos e desigualdades contra essa parcela da população. Uma das formas de ampliar as noções de mundo dos indivíduos é por meio dos livros, que podem atuar como ferramentas importantes na sensibilização e conscientização das pessoas sobre a diversidade da surdez.
Obra inspiradora desconstrói ideias falsas sobre a surdez
Um livro que promove essa ampliação à diversidade é o Olhos que escutam, do escritor e palestrante Alex Júnior. Trata-se de uma obra biográfica que narra a história de Alex, diagnosticado com deficiência auditiva bilateral com 1 ano de vida. No livro, o autor resgata memórias difíceis da época da escola, em que sofria a violência do bullying devido ao uso de aparelho auditivo e pelo seu jeito de falar.
Hoje, Alex Júnior é uma pessoa surda oralizada, que aprendeu a falar e a escrever utilizando a leitura labial. A partir de sua escrita, o autor mostra que nem todo surdo é mudo, contribuindo para a construção de uma noção plural a acerca da vivência de pessoas surdas. Assim, seu livro é um exemplo não apenas de resiliência, mas da luta constante contra o capacitismo e busca por maior representatividade.
Olhos que escutam foi publicado em 2022 pela Editora Serena, o primeiro Grupo Editorial especializado em conteúdos ESG do Brasil. Fundada em 2021, a Editora Serena conta com diversos títulos dirigidos ao tema ESG, ciente da importância que uma leitura embasada sobre o assunto só tem a aprimorar as ações futuras a serem desenvolvidas para um mundo melhor e mais longevo.
Inclusão como prática ESG
O termo ESG, do inglês Environmental, Social and Governance abrange três pilares interligados: ambiental, social e governança. Atender a essa agenda é hoje um critério de responsabilidade social para as empresas e cada vez mais tem se tornado um diferencial competitivo.
No âmbito social, o tema da acessibilidade e luta contra capacitismo precisa estar no radar não só de empresas, mas de todos os indivíduos. Afinal, para além de uma questão importante no universo corporativo, a agenda ESG é essencial para a vida em sociedade de modo geral. Nesse contexto, garantir a inclusão de pessoas surdas é um compromisso social de toda a população, que pode ser fomentado pela leitura de obras como a de Alex Júnior.
Título: Olhos que escutam
Autor: Alex Júnior
Editora: Serena
192 páginas
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