Ídolo do Flu faz alerta para semifinal do Mundial: “Não é favorito”
Edinho, que foi a três Copas do Mundo com a Seleção Brasileira, analisou possibilidades do Tricolor Carioca no Mundial em entrevista exclusiva
Ídolo do Fluminense e presente em três Copas do Mundo com o Brasil, o ex-zagueiro Edinho, que acumula mais de 300 jogos pelo clube, com 34 gols marcados, além de diversos títulos, comentou sobre as chances do Tricolor Carioca no Mundial de Clubes, em entrevista exclusiva ao Torcedores.com. Ele enxerga o jogo da semifinal com muitas dificuldades e não acredita em favoritismo do Flu.
“Com a provável classificação do Al-Ittihad, será um jogo muito complicado. Antes, não era difícil passar pelos times árabes. Agora, como o investimento que se propuseram a fazer, a coisa mudou de figura. Pelos nomes que tem, de relevância mundial, não precisa de muitas chances para fazer um gol. O treinador também é muito bom (Marcelo Gallardo), apesar de não ter tido experiência fora da Argentina. O Fluminense não é favorito contra eles, nem pensar.”
O capitão do Brasil na Copa do Mundo de 1986 aponta que o Tricolor das Laranjeiras vem concedendo muitas chances ao adversário, apesar do futebol bem jogado.
“Como é mata-mata, são jogos de pouquíssimo erro. Acho que o Flu tem total condições de ganhar, joga um futebol bonito. No entanto, dá muitas chances para o adversário. Não é normal o goleiro ser o melhor em quase todos os jogos. O Fábio tem feito defesas importantíssimas e difíceis. O Fluminense precisa ceder menos chances. O adversário não pode ter tantas chances de fazer gol como vem acontecendo. Um time que tem Benzema, Kanté, Romarinho e outros bons nomes não precisa de muitas chances para marcar.”
Em projeção de uma possível final contra o Manchester City, Edinho prefere não fazer qualquer prognóstico e diz que não adianta pensar tão à frente.
“Chances contra o City? Teria que ser muito otimista. Precisa primeiro passar pelos árabes. É necessário ir por etapas nesse tipo de competição.”
Sobre o atual técnico do Fluminense e da Seleção Brasileira, Fernando Diniz, Edinho acredita que o profissional ainda está em processo de maturação, mas que ainda não seria o nome ideal para comandar o Brasil.
“O técnico de uma seleção precisa estar preparado para este cargo tão importante. O Diniz está cada vez mais mostrando que tem condições de dirigir uma Seleção Brasileira, mas, ainda precisa provar passando por outras situações de dificuldade. Precisa entender os detalhes de todo processo. O processo de maturação é necessário. Se entra em uma sequência de derrotas, como já está acontecendo, um profissional de alto potencial é queimado. Ele nunca vestiu a camisa da seleção como jogador, ele ainda está entendendo o que é aquele ambiente. O Diniz ainda não está no ponto para este cargo de tanta responsabilidade. O próprio presidente eleito não tinha muita experiência para assumir o cargo.”
Atualmente, Edinho Nazareth é Gerente de Futebol da Tombense (MG). Depois de encerrar sua carreira como jogador, atuou por 20 anos como treinador. Comandou equipes como Botafogo, Fluminense, Flamengo, Grêmio e Athletico Paranaense.