Defesa filipina classificou tripulação das frotas como “milícias” realizando atividades militares; China nega

O governo das Filipinas exigiu que a China retirasse os mais de 200 navios ancorados no Recife Whitsun, no Mar da China Meridional, informou a alemã Deutsche Welle. O território é reivindicado pelos dois países e fica nas Ilhas Spratly – zona econômica exclusiva das Filipinas.

A China, porém, não reconhece a decisão internacional de 2016 que invalidou as reivindicações de Beijing sobre o território. No consenso, porém, não estão especificadas quais áreas os pescadores da China e de outros países podem, ou não, pescar. O local fica a cerca de 324 quilômetros da província de Palawan, no oeste filipino.

O chefe da Defesa das Filipinas, Delfin Lorenzana, afirmou que as embarcações têm “tripulações de milícias” em favor da China. “Pedimos aos chineses que parem com esta incursão e retirem imediatamente esses barcos que violam nossos direitos marítimos“, afirmou, em comunicado.

Manila integra o grupo de nações que reclama o avanço de Beijing sobre o Mar da China Meridional. Beijing tem investido no armamento de navios pesqueiros e instalou plataformas de vigilância nas águas do sudeste asiático – muitas fora de sua jurisdição.

Conforme a Força-Tarefa Nacional para o Mar das Filipinas, os navios chineses teriam atracado no recife – que Manila chama de Julian Felipe – em 7 de março. Em fotos, o órgão de supervisão verificou que haviam “militares” na frota.

Em resposta, a embaixada chinesa nas Filipinas afirmou que os navios estão em atividade pesqueira. “Barcos pesqueiros chineses têm pescado nessas água há anos. Essa é uma prática legal da China e não há atividade militar. Especulações não ajudam em nada e só geram irritações desnecessárias”, diz a nota.

Sem atividade de pesca

Os navios concentrados no recife não mostraram nenhuma atividade de pesca e mantêm suas luzes brancas acesas durante toda a noite, relatou a força-tarefa filipina em comunicado. “A presença é uma preocupação devido à possível pesca excessiva e destruição marinha, assim como os riscos para a segurança”, alertou.

Além de Beijing, Taiwan, Malásia, Vietnã e Brunei também reivindicam partes da zona marítima, reportou a BBC. A China, porém, minimiza os relatos de que usa frotas pesqueiras para reivindicações territoriais.

Eleito em 2016, o presidente filipino Rodrigo Duterte aproximou as relações com Beijing e é criticado por evitar “medidas mais duras” em relação ao avanço chinês no Mar da China Meridional.

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