Evento segue com sessões presenciais no centro cultural até o dia 13 de dezembro

 

Nesta sexta, 3, o Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência celebra o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência com a exibição de três sessões de filmes com temas sobre esporte, arte, família, infância e educação. Criada em 1992 pela Organização das Nações Unidas, a data é importante por promover e estimular a reflexão sobre os desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência e incentivar a discussão sobre garantir acessibilidade e inclusão social para todos. A 10ª edição do Assim Vivemos segue até 20 de dezembro no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Em formato híbrido, com sessões presenciais e online pelo site: www.assimvivemos.com.br, o evento é gratuito.

A primeira sessão de filmes começa às 14h e contará com quatro filmes internacionais: “As belas cores de Jeremy Sicile-Kira”, de Aaron Lemle, produção americana que encantará o público com o uso da pintura para transcender a deficiência da protagonista e comunicar seus sonhos a outras pessoas; o israelense “Nino”, de Eitan Herman, que acompanha a trajetória de Nino Herman que, mesmo tendo contraído poliomielite aos dois anos, escolheu a liberdade de se mover e tocar a beleza que vê na humanidade através das lentes de sua câmera. O australiano “Volta”, de Johanis Lyons-Reid e Lorcan Hopperacompanha o autor Lorcan Hopper; um orgulhoso homem com deficiência que não vai parar por nada até ver sua novela semiautobiográfica ganhar vida. O iraniano “Arghavan”, de Mohammad Sahraeimostra momentos da vida de Arghavan, uma moça com deficiência visual que é musicista e cantora – ela tem algumas limitações para cantar no Irã por ser mulher; então, decide sair do Irã.

 A partir das 16h, o público vai conhecer “Quatro sentidos”, filme de Gabriel Zumbado, que acompanha a seleção de futebol de cegos da Costa Rica em uma partida contra um time de rapazes sem deficiência, enquanto conversam sobre suas vidas e como descobriram o esporte. Produção russa, “B-1”, de Pavel Petrukhin, narra a trajetória de Sergey, que ficou cego aos seis anos e, mesmo assim, conseguiu vencer desafios e hoje é um jogador de futebol profissional. Também russo, “Imbatível Bunina”, de Alexander Zinenko, retrata a atleta Olga Bunina – 13 vezes campeã mundial de Queda de Braço, competindo como atleta com distúrbios musculoesqueléticos e é tida como a mulher mais forte do planeta.

E, às 18h, o americano “Sempre positivo”, de David Ulich e Steven Ungerleider, explora como o ex-presidente do Comitê Paraolímpico Internacional guiou a maior organização de esportes adaptados do mundo. Em seguida, “Incapazes?”, de Georgy Porotov, Maxim Yakubson, um documentário russo sobre pessoas que foram declaradas incapacitadas pelo Estado, por assistentes sociais e por parentes mais próximos, provavelmente por terem sido pacientes de hospitais psiquiátricos. Também russa, a produção “Deus ama Porkhov”, de Marina Zabelina encerra as exibições do dia. O filme retrata crianças com deficiência que são ajudadas pela famosa escritora e dramaturga Lyudmila Petrushevskaya.

 SESSÕES PRESENCIAIS E VIRTUAIS 

A público poderá participar do Assim Vivemos de duas formas: na sala de cinema do CCBB SP ou acessando virtualmente parte da programação. O Centro Cultural está preparado para receber a todos com segurança. Os ingressos devem ser retirados na bilheteria no mesmo dia de exibição.

De 1 a 13 de dezembro o CCBB recebe as sessões presenciais. Já as sessões online serão disponibilizadas aos poucos e ficarão acessíveis até 20 de dezembro. A cada semana estarão no site do festival filmes relacionados aos debates semanais e na última semana, uma sessão extra. O filme brasileiro O Artista e a Força do Pensamento, de Elder Fraga, já está disponível para quem quiser assisti-lo no site em  https://assimvivemos.com.br/assimvivemos/assistir/ Dia 6, a partir das 10h, é vez do também brasileiro Não me esqueci de você, de Rene Lopez.

Além de quatro debates online, integram a programação 29 produções de 14 países divididos entre curtas, médias e longas-metragens. A realização é do Centro Cultural do Banco do Brasil, com patrocínio do Banco do Brasil através da Lei de Incentivo à Cultura, e produção da Cinema Falado Produções. O “Assim Vivemos” é o primeiro festival de cinema no Brasil a oferecer acessibilidade para pessoas com deficiência visual (audiodescrição em todas as sessões e catálogos em Braille) e para pessoas com deficiência auditiva (legendas inclusivas nos filmes e interpretação em LIBRAS nos debates). As sedes dos CCBBs são acessíveis para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Para conferir a programação completa do Assim Vivemos, acesse: www.assimvivemos.com.br

Para download de fotos dos filmes, acesseFotos dos filmes AV

Para trailer ou cenas dos filmes do Assim Vivemos Online, acesseTrailers e cenas

 Para seguir nas redes: Facebook: Festival Assim Vivemos e Instagram: @festivalassimvivemos

Filmes da programação de 3 de dezembro, sexta:

 “As belas cores de Jeremy Sicile-Kira”, de Aaron Lemle – EUA

Jeremy Sicile-Kira usa a pintura para transcender sua deficiência e comunicar seus sonhos a outras pessoas.

 “Nino”, de Eitan Herman – Israel

À medida que minha visão está piorando, busco a orientação de meu pai, Nino Herman. Aos dois anos, Nino contraiu poliomielite, mas, apesar da deficiência, escolheu a liberdade de se mover e tocar a beleza que vê na humanidade através das lentes de sua câmera. Ele acredita que nada além de nossas concepções e crenças nos limitam e manteve essa opinião mesmo no ano 2000, quando seu filho, meu irmão, morreu em um acidente de carro no caminho de volta para casa enquanto cumpria seu dever no exército israelense.

“Volta”, de Johanis Lyons-Reid, Lorcan Hopper – Austrália

O autor Lorcan Hopper é um orgulhoso homem com deficiência que não vai parar por

nada até ver sua novela semiautobiográfica ganhar vida. “Volta” é uma inusitada jornada pelo universo da deficiência, da autoria e da representação. O diretor de televisão estreante Lorcan Hopper faz parceria com o cineasta iniciante Johanis Lyons-Reid para transformar o mundo das novelas e transmitir a sua experiência de deficiência. Uma equipe de documentaristas filma todos os movimentos de Lorcan, do elenco e da equipe técnica. A questão que se apresenta é: será que elenco e equipe vão conseguir alcançar a intensidade e o profissionalismo que Lorcan exige deles? Sensível, hilária e sempre inesperada, “Volta” é uma novela como você nunca viu.

 “Arghavan”, de Mohammad Sahraei – Irã

Momentos da vida de Arghavan, uma moça com deficiência visual que é musicista e cantora. Ela tem algumas limitações para cantar no Irã por ser mulher; então, decide sair do Irã.

“Quatro sentidos”, de Gabriel Zumbado – Costa Rica

A seleção de futebol de cegos da Costa Rica joga uma partida contra um time de rapazes sem deficiência, enquanto conversam sobre suas vidas e como descobriram o esporte.

 “B-1”, de Pavel Petrukhin – Rússia

Sergey tinha 6 anos quando foi pisoteado por um cavalo e ficou cego. Mesmo assim, ele conseguiu vencer os desafios e hoje é um jogador de futebol profissional. Para quem já assistiu ao curta “Ver e Crer”, exibido no Assim Vivemos 2007, ou ao longa Voy, exibido em 2019, já conhece o personagem retratado neste filme. Além de sua vida como atleta, o filme mostra outros aspectos de sua vida, como um passeio no shopping com sua filha.

“Imbatível Bunina”, de Alexander Zinenko – Rússia

Olga Bunina, a atleta retratada neste filme, tem uma força espiritual impressionante. Já foi treze vezes campeã mundial de Queda de Braço, competindo como atleta com distúrbios musculoesqueléticos e é tida como a mulher mais forte do planeta. Durante as lutas, ela faz um rugido especial para amedrontar o oponente. Apesar dessa imagem, a delicadeza é sua característica mais marcante. Olga cria quatro filhos (três deles são adotados) e trabalha como instrutora esportiva. Seus alunos, pessoas com deficiência, acertadamente consideram Olga sua segunda mãe.

“Sempre positivo”, de David Ulich, Steven Ungerleider – EUA

Quando confrontado com obstáculos tremendos, Sir Philip Craven se mantém fiel a seus princípios. Este filme explora como o ex-presidente do Comitê Paraolímpico Internacional usou esses princípios como uma bússola para guiar a maior organização de esportes adaptados do mundo a se tornar um líder global para a mudança social.

 “Incapazes?”, de Georgy Porotov, Maxim Yakubson – Rússia

Documentário sobre pessoas que foram declaradas incapacitadas pelo Estado, por assistentes sociais e por parentes mais próximos, provavelmente por terem sido pacientes de hospitais psiquiátricos. Sim, essas pessoas têm grandes limitações em suas habilidades: algumas não podem andar, ou falar, ou escrever. Muitas delas foram abandonadas pelos pais – e, na verdade, pela sociedade. Mas essas pessoas ditas “incapacitadas” não se consideram como tal e demonstram que não o são através de suas ações.

“Deus ama Porkhov”, de Marina Zabelina – Rússia

As crianças com deficiência da cidade russa de Porkhov que são ajudadas pela famosa escritora e dramaturga Lyudmila Petrushevskaya não tinham direito a um futuro. Depois de saírem do orfanato, todas, sem exceção, seriam internadas em um hospital psiquiátrico para adultos – verdadeiros campos de concentração modernos. A instituição de caridade Rostok ajuda órfãos com deficiência intelectual a ganhar liberdade e ter uma família. Eles aprendem a viver não atrás de uma cerca, mas como você e eu. A vida em Porkhov pode ser monótona, como o fluxo do rio Shelon. Mas Rostok dá esperança para aqueles que nunca a tiveram.

Serviço

Assim Vivemos – 10º Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência

Local: Centro Cultural Banco do Brasil – Cinema

Datas: De 01 a 20 de dezembro de 2021

Ingressos: bilheteria do CCBB

Classificação indicativa: livre

Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP

Aberto todos os dias, das 9h às 19h, exceto às terças

Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô

Informações: (11) 4297-0600

Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 228 (R$ 14 por seis horas, necessário validar ticket na bilheteria). Uma van faz o traslado gratuito entre o estacionamento e o CCBB. No trajeto de volta, tem parada no Metrô República.

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