Por Daniel Enrique De Souza

Não quero torturar ninguém com a dolorida frase “eu avisei que isso iria acontecer”, mas, neste momento, o retorno ao passado recente é muito importante, pode evitar novos posicionamentos ingênuos e equivocados.

Quando Renato Feder apresentou o projeto de EaD no início de abril, imediatamente nós denunciamos a armadilha que estava sendo preparada, fizemos uma crítica certeira às falhas de concepção do projeto e instigamos aos estudantes a dizer “não”. Fomos execrados por muitos companheiros, inclusive professores.

Um dos Colégios em que foi uma das poucas a reunir a comunidade através do conselho escolar e dizer, coletivamente, que não tinha condições de trabalhar no modelo que estava sendo imposto.

O resultado é que acabamos validando um projeto de ensino excludente, que não valoriza nem o ensino e nem a aprendizagem. Oras, se tanto faz nós estudantes aprenderem ou não, se nos conformamos com a condição reduzida de controladores de acessos de estudantes a plataformas digitais a que fomos submetidos O resultado está ai, hoje abrindo o caminho para o tal ” Ensino Híbrido” mais uma farsa pedagógica. Validamos, por ingenuidade e covardia, um projeto que, desde o início, embora improvisado, se pretendia e se pretende permamente: um projeto de ensino que não valoriza aprendizagem, que reduz e descarta professores, pedagogos, diretores, chefes de núcleos…

O bicho está vivo, é brabo e não sossega. Precisamos sim fazer “o minha culpa”, criar coragem e não iniciar o ano letivo de 2021 sob os desmandos do comerciante Renato Feder.

*Daniel Enrique De Souza é de Nova Prata do Iguaçu estuda no Colégio Estadual José de Alencar.

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