A psicóloga Leninha Wagner comenta o caso do menino prodígio Gustavo Saldanha, que aos 8 anos, já canta em três idiomas

Gustavo Saldanha ficou conhecido por sua grande inteligência e por suas habilidades musicais que impressionaram diversos meios de comunicação dentro e fora do Brasil. O menino, de apenas 8 anos, já toca 7 instrumentos e, recentemente, publicou em suas redes sociais um vídeo cantando em espanhol. O fato chamou atenção, pois, o espanhol já é a terceira língua na qual o pequeno consegue se expressar. “O Gustavo sempre gostou de outros idiomas. Com menos de um ano, o desenho favorito dele era um no qual o personagem ensinava de alguma forma inglês para as crianças” relata a mãe, Luciane Saldanha.

De acordo com ela, mesmo assistindo filmes e desenhos em outras línguas, Gustavo parecia não se incomodar com a falta de compreensão e optava por explorar novos idiomas sempre que possível. “Quando começou gostar dos Beatles, descobriu que eles haviam gravado algumas músicas em alemão e chegou a cantar trechos delas algumas vezes”, afirma Luciane.

A psicóloga Leninha Wagner defende que a música pode ser uma aliada no estímulo ao aprendizado de novos idiomas. “É uma prática pedagógica comprovada. Trabalha as habilidades sociais, treina a oralidade, a expressão através da emoção, imprime ritmo e trabalhando a psicomotricidade ampla, traz a repetição sequencial que forma memória através da melodia e cria uma nova forma de fixação. Apresentar um novo idioma através da música, aumenta o prazer da atividade através do lúdico”, explica.

A especialista chama atenção para a importância de aprender novos idiomas ainda na infância. “Na infância o cérebro está em franco desenvolvimento, a neuroplasticidade promove os processos de aprendizagem pela adaptação ao novo”, pontua. De acordo com ela, a superdotação de Gustavo, que tem um QI de 140, em conjunto com sua paixão musical contribuem para a facilidade no aprendizado de outras linguagens. “Juntar as duas coisas, um novo idioma através da música, para ele em especial, é extremamente prazeroso. Ele não terá limites, será, se assim desejar, ‘poliglota’”, afirma.

Além da música, a psicóloga acredita que existem outras formas de arte que podem ajudar no estímulo linguístico como jogos no idioma, imagens com os conceitos, filmes com áudio original, brincadeiras culturais como o halloween e a conversação com nativos. Apesar de ser uma habilidade ilimitada, Leninha alerta para a necessidade de uma rotina leve para as crianças. “Todo excesso gera prejuízo. É necessária a administração do tempo para que não gere tédio pela ociosidade nem estresse pelo excesso de tarefas diárias”, explica.

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