Empresa catarinense cria nova fórmula exclusiva antichamas

Há quase 30 anos, o grupo Altenburg atua no mercado de nãotecidos técnicos com a marca Ecofiber, referência na fabricação de mantas de poliéster

Empresa catarinense investe em soluções inovadoras e sustentáveis para o mercado Moveleiro e de Construção Civil e cria fórmula exclusiva antichamas

O grupo Altenburg atua no mercado de nãotecidos técnicos com a marca Ecofiber, empresa referência na fabricação de mantas de poliéster (lã de PET) para os segmentos: moveleiro, têxtil, arquitetura e construção civil. Em 2019, a Ecofiber iniciou um projeto, em parceria com o SENAI CETIQ, que resultou na criação da fórmula exclusiva antichamas. O projeto para obtenção de fibras compósitas retardantes a chamas está inserido no campo de aplicação de materiais têxteis nãotecidos, mais especificamente na produção de fibras compósitas com propriedade antichama.

 “Esse aditivo tem como diferencial a forma em que se apresenta, pois é introduzido dentro da fibra de poliéster, assegurando a durabilidade vitalícia, e se tornando um produto sustentável. Ele reduz consideravelmente e pode até zerar a propagação de fogo quando atingido diretamente pelo fogo ou exposto a qualquer outra fonte que possa gerar fogo. Este aditivo difere do que já existe no mercado, onde o material recebe um banho com aditivos antichama de curta durabilidade, que exige refazer o banho ou descartar o item, além de utilizar muita água no processo e ainda assim, não garantir o mesmo resultado”, diz Eduardo Volkart da Rosa, Gerente da Unidade Ecofiber.

De acordo com a patente, o uso desses materiais é de extrema importância, pois materiais poliméricos são utilizados largamente na construção civil, destacando-se por vantagens, tais como a facilidade de processamento, de transporte, baixo custo, entre outras. Entretanto, a maioria dos polímeros apresenta uma grande desvantagem: o caráter inflamável. A combustão indesejável desses materiais pode ser acompanhada também pela produção de gases tóxicos e corrosivos, limitando a aplicação, tendo em vista os riscos graves à saúde e à vida humana.

Devido aos requisitos impostos para a segurança estarem cada vez mais rigorosos, a melhoria do comportamento antichama ou retardante à chama de materiais poliméricos tornou-se um grande desafio para os pesquisadores. “Desde o ocorrido na Boate Kiss, em 2013, tornou-se necessário o uso de um material que inibisse a propagação das chamas, a liberação de gases tóxicos e o gotejamento de partículas incandescentes oriundos da queima dos materiais, requisitos que a invenção propõe em uma nova fibra compósita, sendo destinada ao uso em roupa de cama em geral, roupa de cama de hotelaria, roupa de cama para embarcados (marinha, aeronáutica, plataforma de petróleo), produção de tecidos em geral, matelassados, forrações e carpetes, filtros de ar, área automotiva e, principalmente, na construção civil, em isolamentos térmicos e acústicos”, explica o pesquisador líder do projeto, Raphael Bergamini.

A produção brasileira de fibras de poliéster é extremamente baixa quando comparada ao consumo. Desta forma, fibras com aditivos especiais, como esta patente de uma fibra antichama, tem na grande maioria sua origem na importação. A importação de fibras de poliéster em geral ultrapassou as 112 mil toneladas em 2022. Os grandes volumes de importação são oriundos da Ásia, onerando os custos e dificultando o acesso a fibras especiais, bem como em atendimento à legislação nacional.

 “Com essa nova tecnologia, a Ecofiber se destaca no mercado em que atua e a Altenburg tem autorização para utilizar o mesmo material em outros produtos, criando assim uma nova oportunidade de mercado, adentrando no segmento têxtil técnico, inteligente e funcional, além do têxtil artístico que já atua hoje. Para se ter uma ideia, atualmente com essa nova tecnologia patenteada, a Ecofiber pode oferecer ao mercado isolamentos antichamas e a Altenburg pode oferecer roupa de cama para exército, marinha, aeronáutica com o apelo de não propagar um possível incêndio”, completa Tiago Altenburg, vice-presidente da Altenburg.

No mercado da construção civil, a Ecofiber é referência com soluções de conforto térmico e acústico em lã de PET, trazendo índices de resultados superiores aos estabelecidos em normas técnicas. É a única empresa do segmento de Lã de Pet reconhecida pelo Certificado do PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat).

Sobre a Ecofiber

Os produtos Ecofiber apresentam diversas opções para diferentes aplicações. Para a construção civil são utilizados em isolamentos acústicos para o sistema construtivo de drywallsteel frame e wood frame; em forros modulares para ambientes comerciais e corporativas; em painéis para tratamento acústico e térmico para ambientes como auditórios, salas de aula e igrejas, geradores; encarroçadoras de ônibus e mantas para isolamento acústico de ruído de impacto aplicadas abaixo do contrapiso de empreendimentos imobiliários atingindo nível superior na norma de desempenho ABNT NBR15575; entre outros usos. Já no mercado moveleiro e têxtil, as mantas a Ecofiber proporcionam mais conforto, suavidade ao toque e melhor acabamento em estofados, poltronas e colchões, além de comercializar fibras para enchimentos de travesseiros, almofadas, pelúcias, entre outros.

Hoje a Ecofiber distribui para o mercado mais de 200 toneladas de lã de PET por mês, abastecendo todo o Brasil e exportando para países como Uruguai, Paraguai, Argentina, Colômbia e Chile. Além dos diferenciais de mercado e de produtos 100% sustentáveis, a consolidação e os investimentos em tecnologia de última geração garantem a Ecofiber o reconhecimento por sua eficiência, qualidade, inovação e competitividade, oferecendo assim soluções para os mercados de arquitetura e construção civil, moveleiro e têxtil trazendo muito mais conforto e proteção aos seus clientes.


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