Demissão por mau desempenho: Setor público mais próximo do corte, afirma secretário
No cenário político recente, a discussão sobre a eficiência no serviço público ganha destaque. De acordo com informações divulgadas pelo governo federal, em 2023, nada menos que 341 servidores foram desligados de seus cargos devido ao baixo desempenho. Essa medida, que tem causado alvoroço nos bastidores do funcionalismo, reflete a crescente pressão por resultados no setor público.
O secretário responsável pelas políticas de pessoal do governo federal, em entrevista exclusiva ao Jornal Expresso, ressaltou que a implementação de uma nova avaliação de desempenho pode potencializar ainda mais esses números. Segundo ele, a intenção é criar uma sistemática que evidencie de forma clara e objetiva os casos de baixo rendimento, permitindo assim as dispensas necessárias para a otimização dos serviços públicos.
Essa iniciativa, embora seja vista como uma tentativa de promover a eficiência e a qualidade nos serviços prestados à população, também suscita debates acalorados sobre os critérios de avaliação e a possibilidade de injustiças. Muitos questionam se os parâmetros adotados serão justos e transparentes o suficiente para evitar arbitrariedades e proteger os servidores que, eventualmente, enfrentem condições desfavoráveis de trabalho.
Além disso, a medida levanta questões sobre a estabilidade do funcionalismo público, um dos pilares históricos do serviço estatal no Brasil. Com a possibilidade mais concreta de demissões por desempenho insatisfatório, a garantia de emprego para os servidores pode estar em xeque, gerando preocupações e incertezas entre os trabalhadores do setor.
Diante desse cenário, sindicatos e associações representativas dos servidores já manifestaram sua posição contrária à medida, argumentando que a avaliação de desempenho pode ser subjetiva e passível de influências políticas, colocando em risco a estabilidade dos funcionários públicos.
Por outro lado, defensores da iniciativa enfatizam a necessidade de modernização e eficiência no serviço público, argumentando que a avaliação de desempenho é uma prática comum em diversas organizações privadas e que sua aplicação no setor público pode contribuir significativamente para a melhoria dos serviços oferecidos à população.
Diante dessa perspectiva, resta aguardar os desdobramentos dessa polêmica medida e suas consequências no funcionamento do serviço público brasileiro. Enquanto isso, o debate sobre a eficiência, a meritocracia e os direitos dos servidores continua a mobilizar diferentes setores da sociedade.