Pelo menos 60 mil contas em todo o mundo já teriam sido afetadas em ‘invasão automatizada’ do grupo Hafnium

O grupo hacker batizado como Hafnium, supostamente apoiado pelo governo chinês, estaria por trás do sofisticado ataque ao software de e-mails da Microsoft. A avaliação é de um ex-funcionário dos EUA com conhecimento da investigação, segundo a Bloomberg.

Pelo menos 60 mil pessoas já teriam sido afetadas pelo esquema. O último ataque envolve a Autoridade Bancária Europeia, o que pode alavancar uma crise global.

A agência da UE (União Europeia) afirmou no sábado (6) que o acesso a dados pessoais por meio do sistema pode ter sido comprometido. O avanço ocorre meses após as violações nos sistemas da SolarWinds por grupos supostamente ligados ao governo russo.

Na fase final do ataque do Hafnium, os perpetradores pareciam ter “automatizado” o processo. Dezenas de milhares de vítimas tiveram seus dados vazados em poucos dias.

Conforme o jornal norte-americano “The New York Times”, Washington já prepara um “grande movimento” de retaliação a intrusões estrangeiras. “Estamos empreendendo uma resposta para avaliar a lidar com o impacto”, disse a Casa Branca. “Esta é uma ameaça ativa e pedimos que as operadoras a levem muito a sério”.

Brechas de segurança

À BBC, o executivo da Microsoft Tom Burt afirmou que a violação no software tem base em falhas de segurança. Conforme a big tech, o Hafnium tentou roubar informações de pesquisadores de doenças infecciosas, escritórios de advocacia, instituições de ensino superior e operadores da área de defesa.

Essa é a 8ª vez que a Microsoft acusa governos de atacar instituições da sociedade civil no último ano. A empresa, que já trabalha junto das agências de inteligência para corrigir falhas de segurança, garantiu que o ataque não tem relação com a SolarWinds.

Ainda não está claro sobre quantas informações foram acessadas pelos hackers. Enquanto isso, Beijing nega as acusações. “Dada a natureza do ciberespaço, rastrear a origem dos ataques é uma questão complexa”, disse o porta-voz do ministério da Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin.

“Também é uma questão política altamente sensível atribuir o rótulo de ataque cibernético a um determinado governo”.

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