A organização sindical Metronorte, da região norte da capital e da região metropolitana regional de Curitiba, está fazendo um trabalho excelente de marcação em cima do Secretário da Educação do Paraná, Renato Feder. Esse cidadão, deve uma explicação plausível aos professores paranaenses.  Por ordem direta de sua secretária, a maioria dos profissionais da educação, estão desenvolvendo doenças; tudo por conta do assédio moral que vem sofrendo nas escolas do Paraná.
Na manhã de terça-feira (14) Renato Feder, havia convocado os diretores de Piraquara e região e por ser uma convocação, não tinha como não comparecer ao evento no Colégio Estadual Rosilda de Souza Oliveira, no município de Piraquara. O que deixou a maioria dos diretores de escolas estaduais revoltados, foi o fato de que o Secretário de Educação, Renato Feder, não compareceu e nem se justificou a sua ausência. Nota zero para o tal secretário, que quando a chapa esquenta sai pela tangente.
O Secretário de Educação, Renato Feder, ao ser informado que um grupo de professores estavam a sua espera. Resolveu cancelar o encontro que iria acontecer com os diretores e professores, a maioria da região metropolitana de Curitiba.
Os questionamentos sobre como dirige a educação no Paraná, não foi possível. Os assédios que os diretores vêm enfrentando via Núcleos Regionais e direção de escolas, com a conivência ou quem sabe a mando do mandatário da Secretária de Educação e do Esporte. A reposição dos salários obrigatoriamente, estavam na pauta da APP Metronorte, com uma defasagem salarial de 34%. Quando esse time vai tomar vergonha e enfrentar a situação que foi criada por eles e resolver valorizar os profissionais do ensino?
Por outro lado, o chefe do executivo tem dito aos quatros cantos do Paraná, que a economia do governo está muito bem. O problema é que o governador não corrige os salários dos funcionários, permite que a inflação abocanhe uma boa parte dos salários.

Acompanhe na sequência o texto de um professor do Paraná.

Quem para no dia 21?
Por Sebastião Donizete Santarosa
O Sindicato dos Professores do Paraná está chamando a categoria para paralisação no próximo dia 21. Certamente, motivos não faltam! Na verdade, há muito tempo deveria ter sido chamada uma greve por tempo indeterminado exigindo do governo Ratinho Júnior a exoneração do atual secretário Renato Feder.
Com violento espírito predador, através de práticas de constrangimento e de assédio, desde o primeiro momento em que chegou a nosso Estado, Renato Feder vem destruindo todas  as bases da educação pública. Planos de carreira, condições de trabalho, valorização profissional, gestão democrática, formação docente,  projeto pedagógico humanizador, tudo, absolutamente tudo, vem sendo destruído com muita rapidez e voracidade.
Todas as conquistas obtidas nas últimas décadas pelos paranaenses em favor da construção de uma escola pública, democrática e de qualidade estão em ruínas. Entretanto, sabemos muito bem que este ainda não é o fundo do poço. Embora o ambiente em nossas escolas seja de total desolamento e de profunda tristeza, conhecemos a natureza das medidas que estão em curso e sabemos onde pretendem chegar. O objetivo final é a completa privatização das escolas públicas. O papel da gestão pública, nas mãos do governo Ratinho Júnior, será de mero facilitador para implantação de medidas de interesses do mercado educacional.
Se em pleno ano eleitoral a educação pública do Paraná vem sendo tratada dessa forma, é fácil imaginar o que irá acontecer se Ratinho Júnior for reeleito. Vejamos. Os concursos serão definitivamente substituídos por essas ridículas provas  PSS,  cada vez mais complexas e exigentes; as contratações serão feitas através de terceirizações; não haverá mais, é óbvio, planos de carreira, data-base, férias, etc;  para poder ser recontratado anualmente, o professor deverá cumprir metas arbitrárias estipuladas pela secretaria de educação; não haverá nenhum programa de formação docente, apenas treinamentos rápidos para adaptação ao uso de tecnologias;  paulatinamente, os professores serão reduzidos a controladores de acessos de estudantes a plataformas digitais; os salários continuarão sendo reduzidos (a gratificação por uso de tecnologia concedida este ano, por exemplo, será retirada já em 2023, sem que haja qualquer outro mecanismo de compensação); a modalidade de ensino à distância ganhará força, reduzindo vagas para contratação de novos professores; as práticas de pressão, constrangimento e assédio se intensificarão; muitas de nossas escolas serão pintadas com as cores da tristeza e da desolação, se transformarão em educandários, em moinhos de crianças e de adolescentes pobres e indesejáveis… Como veem, ainda faltam alguns andares para atingirmos o fundo do poço! Mas ele está logo ali.
E não se enganem. Isso não é paranóia. Isso constitui a base do projeto político para educação do governo Ratinho Júnior! Conter a violenta tragédia que vem sendo anunciada por este governo é um imperativo ético de todos os paranaenses, mas especialmente dos educadores. Tem que parar dia 21 sim! Não tem essa de que-estou-desanimado-da-luta! Neste país, sem luta não há vida. Tem que se organizar nas escolas e construir mecanismos de resistência! Tem que botar pressão na direção sindical para intensificar a luta, pra construir uma greve geral urgente! Não basta votar em um ou em outro candidato, é preciso barrar esse projeto de predadores mercenários que vem nos destruindo.

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