São Paulo, SP 28/10/2021 – Em prol da saúde bucal, criei o projeto Hálito Amigo, com uma linha telefônica exclusiva, chamada de bafone

Não basta intensificar a escovação, precisa descobrir a real causa para acabar com o problema

Aproximadamente 40% da população mundial é acometida pela halitose, também chamada de mau hálito. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo a Associação Brasileira de Halitose (ABHA) a taxa é de 30% da população, ou seja, algo em torno de 60 milhões de brasileiros.

A cirurgiã-dentista Bruna Conde, membro da ABHA (Associação Brasileira de Halitose), explica que 90% das causas do mau hálito são da boca. Entre elas, as doenças da gengiva (gengivite ou periodontite), a saburra lingual (língua branca), cáries e má higiene.

Mas o hálito pode sofrer alterações por conta de inúmeras mudanças, fisiológicas naturais ou não, como no período menstrual (desequilíbrio hormonal); uso de medicamentos anticoncepcionais; dietas restritivas; consumo de de alimentos como o alho e a cebola; e até mesmo pela falta de ingestão de água. Sem contar que existe a pseudo-halitose, a queixa de ter o mau hálito, mas sem evidências. Apenas 9% dos casos estão associados a problemas respiratórios e na garganta, como sinusite e amigdalite, e doenças do aparelho digestivo e do fígado.

“Já recebi feedback de pessoas dizendo que terminaram relacionamento por conta do mau hálito, que ficam com vergonha de conversar com outras pessoas. E não adianta escovar os dentes ou mascar chicletes, pois os odores, como de peixe, de rato molhado e até mesmo cheiro de acetona vão aparecer de qualquer forma até a causa ser diagnosticada por um dentista especialista em halitose”, enfatiza Bruna Conde.

E existem vários tratamentos: desde aumentar a ingestão de água de acordo com o peso; fazer profilaxia; remoção de tártaros, cáries, e outros problemas dentários; bem como o uso de laserterapia e terapia fotodinâmica. “Se for o caso, fazemos uma abordagem multidisciplinar com nutricionista, psicólogo e até gastroenterologista”, revela.

Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada em setembro do ano passado pelo IBGE, em parceria com o Ministério da Saúde, afirma que menos da metade da população brasileira (49,4%) se consultou com um dentista nos últimos 12 meses antes da entrevista. Os dados apontam que a atenção com a saúde bucal ainda é incipiente no país.

“Em prol da saúde bucal, criei o projeto Hálito Amigo, com uma linha telefônica exclusiva, chamada de bafone. Funciona assim: uma pessoa indica pelo e-mail [email protected] alguém que precisa de auxílio para resolver esse problema. Ela deixa os contatos da pessoa e eu ligo explicando de forma empática o que é o problema e que ele tem cura”, explica a especialista.

“Tem ainda um canal de mesmo nome no YouTube e até vídeos sobre o problema com letra de funk. O objetivo é compartilhar a informação de forma democrática e torná-la cada vez mais acessível por meio das redes sociais para educar a população. Vale lembrar que para muitos, o mau hálito ainda é um grande tabu, pouco divulgado e pouco conhecido. Há pessoas com mau hálito há anos, mas não sabem o que fazer. Isso mexe com a autoestima e há quem viva só de chiclete achando que vai resolver. E não resolve”, conclui Bruna Conde.

Website: http://www.bellacomunica.com.br

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